quarta-feira, 19 de março de 2008

Aramaico Moderno



Mais de quatrocentas mil pessoas falam algum dialeto do aramaico moderno (ou neo-aramaico) hoje em dia como língua nativa. São judeus, cristãos, muçulmanos e mandeanos, vivendo em áreas remotas e preservando suas tradições com impressos e agora com mídia eletrônica. As línguas neo-aramaicas estão agora mais distantes em termos de compreensão entre si do que já estiveram antes. Os últimos duzentos anos não foram bons para os falantes do Aramaico; a instabilidade no Oriente Médio levou a uma diáspora mundial de falantes de aramaico. O ano de 1915 é especialmente relevante para os cristãos que falavam aramaico: chamado de Sayfo ou Shaypā (a espada em siríaco), todos os grupos cristãos do leste da Turquia (assírios, armênios e outros) foram submetidos ao genocídio que marcou o fim do Império Otomano. Para os judeus que falavam aramaico, 1950 é um ano da mudança: a fundação do Estado de Israel e a consequente expulsão dos judeus dos países árabes, como o Iraque, levou a maioria dos judeus que falavam aramaico a migrar para lá. Contudo, a mudança para Israel levou o neo-aramaico judeu a ser substituído pelo hebraico moderno entre os filhos dos imigrantes. Na prática, a extinção de muitos dialetos judeus parece iminente.

Aramaico Moderno Oriental
O aramaico moderno oriental existe em uma ampla variedade de dialetos e línguas. Há uma diferença significante entre o aramaico falado por judeus, cristãos e mandeanos.
As línguas cristãs são chamadas frequentemente de siríaco moderno (ou neo-siríaco, especialmente no que se refere à sua literatura), sendo fortemente influenciado pela língua literária e litúrgica do siríaco médio. Entretanto, elas têm suas raízes em diversos dialetos aramaicos locais, que não foram escritos, e não são exclusivamente as descendentes diretas da língua de Efraim o Sírio.


O siríaco ocidental moderno (também chamado de neo-aramaico, estando entre o neo-aramaico ocidental e o neo-siríaco oriental) é representado geralmente pelo idioma turoyo, a língua de Tur Abdin. Um idioma aparentado, Mlahsô se extinguiu recentemente.
As línguas orientais cristãs (siríaco moderno oriental ou neo-aramaico oriental) são chamadas frequentemente de Sureth ou Suret, a partir de um nome nativo. São também chamadas às vezes de assírias ou caldéias, porém estes nomes não são aceitos por todos os nativos. Os dialetos não são todos mutuamente inteligíveis. As comunidades siríacos orientais geralmente são membros ou da Igreja Católica Caldéia ou da Igreja Assíria do Oriente.
As línguas judeo-aramaicas modernas são faladas principalmente em Israel hoje em dia, e a maioria delas estão entrando em extinção (os falantes mais antigos não estão passando a língua às gerações mais jovens). Os dialetos judeus que vieram de comunidades que viviam entre o lago Urmia e Mosul não são todos inteligíveis entre si. Em alguns lugares, como Urmia, cristãos e judeus falam dialetos incompreensíveis entre si do aramaico moderno oriental, embora habitem os mesmos lugares. Em outros, como nas planícies próximas a Mosul, por exemplo, os dialetos das duas comunidades são similares o bastante para permitir a interação.
Alguns poucos mandeanos que vivem na província do Khuzistão, no Irã, falam o mandaico moderno. É bem diferente de qualquer outro dialeto aramaico.

Aramaico Ocidental Moderno
Predefinição:Artigo Principal Resta muito pouco do aramaico ocidental. Ele ainda é falado na vila cristã de Maalula, na Síria, e na vilas muçulmanas de Baca e Jubadin, no lado sírio do Anti-Líbano, assim como por algumas pessoas que migraram destas vilas para Damasco e outras grandes cidades da Síria. Todos os falantes de aramaico ocidental moderno são fluentes em árabe, que já se tornou o principal idioma nestas vilas.

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